sexta-feira, 6 de maio de 2011

[MUSICA] REVIEW: Foo Fighters - "Wasting Light" (2011)

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TEMA DA SEMANA: Discos que ficaram em 1° lugar nos EUA em 2011

"Wasting Light", sétimo álbum do Foo Fighters, estreou em 1º lugar na semana de lançamento nos Estados Unidos e em vários países da Europa como Noruega, Finlândia, Suiça, Bélgica, além de Canadá, Nova Zelândia e Austrália. O disco, que sucede um Greatest Hits lançado em 2009, foi descrito pelo vocalista, Dave Grohl, como "o mais pesado da banda até hoje". Seria esse o motivo de tanto sucesso? Analisaremos...


Uma característica dos discos da banda é já começarem com uma grande música como "All My Life", no "One By One", e "The Pretender", no "Echoes, Silence, Patience & Grace". Neste, não poderia ser diferente: "Bridge Burning" inicia com um riff bem marcado que aos poucos vai se unindo ao som pesado da bateria, com destaque ao mesmo riff se repetindo ao final de cada refrão. Esse instrumental coeso somado ao vocal frenético do Dave Grohl formam uma ótima faixa de abertura do disco.

"Rope" é um primeiro single um tanto estranho para a banda, mas que com algumas boas audições, os riffs grudam na mente. Em uma versão deluxe do disco, há um remix desta faixa "Rope (Deadmau5 Mix)", que soa como algo feito por uma banda como o The Kills. O remix funciona muito bem apenas com as estrofes, deixando o refrão um tanto fora de ritmo. Ainda assim vale a pena ouvir.

"Dear Rosemary", faixa mais lenta que as anteriores, mostra um lado mais vulnerável. Com seu refrão melódico e ajuda do Ben Mould nos backing vocals, a faixa é um grande destaque do disco, com bom potencial para se tornar um single de sucesso.

Outro destaque é a pesadíssima "White Limo". O vocal distorcido do Dave Grohl quebra o clima "estrofe rock/refrão pop" das anteriores, trazendo uma faixa completamente mais hardcore. A música é tão boa quanto o seu clipe com participação do Lemmy, do Motorhead.

"Arlandria" também é uma boa faixa, embora não tenha nada de muito especial, além de um curioso jogo de palavras no seu refrão pop.

Em "These Days", há uma inversão: as estrofes são lentas com uma estranha vibe que lembra Snow Patrol ("Open Your Eyes") e o refrão é que se torna mais pesado. Com um pouco de esforço, parece um remake de "Best Of You" de uma forma mais doce, leve e serena.

"Back & Forth" é uniforme, e tem destaque de um ótimo solo na bridge antes do último refrão. Apesar de um riff incrível no pré-refrão, o próprio refrão de "A Matter of Time" poderia ser mais interessante.

A melodia também parece ser um pequeno problema em "Miss The Misery". Os riffs no começo da música já demonstram que algo grandioso vem por aí, mas o mais interessante é apenas esse mesmo: a função primordial que a guitarra exerce nesta faixa. No geral, todo o instrumental é bem superior à melodia. A propósito, é de um verso dessa faixa que é tirado o título do disco: "Don't change your mind, You're wasting light".

"I Should Have Known" é uma canção de perda e arrependimento, levada por um tom amargo e clássico. Não é a melhor música da banda sobre o tema, mas neste disco exerce bem o papel de lamúria, com um final épico de arrancar lágrimas dos metaleiros mais sensíveis.

"Walk" é, sem dúvidas, uma das canções mais radiofônicas do disco. Bem como "Times Like These", é uma daquelas canções de auto-ajuda com grande potencial para se tornar um clássico, graças a versos de otimismos cantados com toda a potência do vocalista como "Forever, whatever. I never wanna die. I'll never say goodbye." (Para sempre, não importa o quê. Não quero morrer nunca. Nunca direi adeus).

Embora a produção do Butch Vig e o fato do disco ter sido gravado inteiramente na garagem do Dave Grohl denotem uma produção mais crua, as novidades parecem se resumir apenas a isso. Não há nada de muito novo, nenhum arranjo ou tema para composição que não tenha sido explorado antes, podendo ser então considerado uma possível continuação do Greatest Hits de 2009, porém dessa vez, com faixas inéditas.

Contudo, se o disco traz apenas o mesmo de sempre, não há grandes problemas com isso, afinal de contas, nos termos do Foo Fighters, fazer o mesmo de sempre significa lançar um álbum repleto de boas músicas, produção impecável e bem executado pela banda que a cada disco se aperfeiçoa tanto como músicos competentes quanto como fazedores de hits radiofônicos (de boa qualidade, diga-se de passagem).

"Há algum problema em se refazer?"

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