TEMA DA SEMANA: Discos que ficaram em 1° lugar nos EUA em 2011
"Never Say Never - The Remixes" é o segundo disco de remixes do cantor americano Justin Bieber, lançado em fevereiro de 2011 e possui apenas 7 faixas: 2 inéditas e 5 remixes de músicas de seu álbum anterior, "My World 2.0". Com mais de 165 mil cópias vendidas, é o segundo disco do cantor a estrear em 1º lugar na lista da Billboard. Qual seria o motivo de todo o sucesso desse rapaz?
Um aviso prévio: é preciso se despir de quaisquer preconceitos para desfrutar desse disco. Esqueça que ele é apenas um adolescente. Esqueça aquele seu corte de cabelo característico. Apenas permita se deixar levar pelo que as músicas têm a oferecer.
O disco inicia muito bem com a empolgante "Never Say Never" (faixa 1), faixa feita para a trilha do filme Karate Kid, com participação do filho do Will Smith, Jaden Smith, protagonista do mesmo.
"That Should Be Me" (faixa 2) é uma balada romântica na qual a vibe country é evidenciada pela participação do grupo Rascal Flatts, que torna a canção menos choramingada e um tanto mais madura.
"Somebody to Love" (faixa 3) é uma das principais faixas em que o importante é abrir a mente (e possivelmente fechar um pouco os ouvidos). É uma ótima faixa dançante que faria sucesso com um público de todas as idades, caso não fosse estigmatizada por ser do jovem e menosprezado Justin Bieber. Quem sabe um dia o Usher, que faz participação no remix, lance uma versão cantando a música inteira e então, seu potencial de hit possa ser reconhecido por completo.
"Up" (faixa 4) é outra balada R&B lenta na medida certa, cujas vozes do Bieber e do convidado Chris Brown tornam a canção adultamente romântica e infantilmente sexy, respectivamente.
"Overboard" (faixa 5), faixa gravada ao vivo junto com a cantora Miley Cyrus na turnê "My World", é o primeiro erro evidente do álbum. A proposta é boa, a versão em estúdio cantada com a Jessica Jarrell é agradável, mas o resultado ao vivo é desastroso. Nenhum dos dois se salva - enquanto a voz da Miley Cyrus se revela ainda mais anasalada, o Justin Bieber perde o fôlego facilmente e sai do ritmo por várias vezes. Se é correto dizer que "quem sabe, faz ao vivo", conclui-se que eles, definitivamente, NÃO SABEM.
"Runaway Love" (faixa 6), cujo remix tem a importante participação do Kanye West e seu protegido Raewkon, é deliciosa como uma canção dos Jackson 5. O refrão pop chiclete contrasta positivamente com o rap eficaz do agressivo Kanye. Vale a pena ouvir.
"Born to be Somebody" (faixa 7), faixa composta pela Diane Warren, uma das melhores e mais conceituadas compositoras de sua geração, fala sobre seguir seus sonhos. Não precisa dizer que a letra é bem composta, se pensarmos no currículo de clássicos da Warren ("Un-break My Heart", "I Turn To You", "I Don't Wanna Miss a Thing"). Mas a grande diferença aqui é que ela não está trabalhando com uma poderosa diva ou com um artista que tenha gabarito para sustentar uma grande canção. Nesta faixa, os vocais do Bieber, na intenção de expressar sentimento, soam agudos como a voz de uma criança passando pela puberdade. Quem sabe não seja esse mesmo o caso...
Talvez o problema de algumas faixas desse disco seja apenas um: o próprio Justin Bieber. Os bons produtores envolvidos nesse EP entregam músicas muito boas ao cantor, que, por inexperiência e/ou falta de talento genuíno, as transforma em algo bobo, imaturo e sem grande fôlego.
POR QUE FICOU EM 1º LUGAR?
Pelo mesmo motivo que fez a Taylor Swift vender mais de 1 milhão de discos em apenas uma semana: a legião de fãs fervorosos(as). Isso basta.
TOP 3: "Never Say Never", "Somebody to Love" e "Runaway Love".
"Quem comprou meu disco levanta a mão!"
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